Ouvia o silêncio que havia
E ardia naquele peito
Que não batia.
Era tardia a noite daquele dia
Difícil dia demorado difuso
Dia que raiou com as estrelas
Dividido aos quartos, minguante
O dia difícil passado a limpo
Em ruídos velozes velados.
De veludo era a voz silenciosa
Que monologava em intermináveis
luares circulares com o peito mudo
Na sintonia de um dia que nasceu
Da dor, do escuro fez-se sol à noite
Fez-se dia onde nada existia.
E tudo resistia ao
Eclipse. Em silêncio mas em
Sintonia. Singular. Só, em plurais soltos sob o sol.
(Scheilla Franca)
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