Eu morri três vezes
Só este ano.
E é metade do ano.
Sou inteira porque não posso ser metade.
Quantas vezes ainda morrerei?
Deixo de fingir: sou metade, sim.
Não por vontade
Mas por não ter força de nascer.
Um roseira de galhos frondosos
Nasceu sobre meu túmulo
Em uma de minhas mortes
Se não me falha a memória
Era vermelha e forte
E ressaltava ainda mais a palidez
de minha segunda sorte.
(Scheilla Franca)
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